por VALENTINA MARCELINO
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Polícia elevou grau de risco de acções violentas contra o primeiro-ministro, por temer escalada da contestação.
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O primeiro-ministro, José Sócrates, tem, pelo menos, desde início do ano, a sua equipa de segurança pessoal reforçada. A crise económica e as consequências na contestação social contra o Governo levaram a uma elevação do grau do risco definido pela PSP em relação a possíveis acções violentas contra o PM. O mesmo aconteceu com outros ministros classificados numa categoria de segurança superior, como o da Administração Interna, Justiça e Defesa Nacional.
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Todas as deslocações de José Sócrates passaram a estar submetidas a uma avaliação prévia do risco e a medidas de prevenção definidas para um grau superior de ameaça ao que está habitualmente sujeito.
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A PSP, através de uma unidade especial, na dependência da Direcção Nacional, que faz a avaliação do risco de personalidades que estão ou podem vir a estar protegidas pelo Corpo de Segurança Pessoal (CSP), considera que a conjuntura actual faz prever uma escalada no clima de contestação social contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.
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A partir daí, entendem os analistas, estão reunidas as condições para acontecerem tentativas de alteração de ordem pública, mas também possíveis acções violentas inusitadas contra responsáveis governamentais, principalmente o primeiro-ministro.
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José Sócrates tem sido ultimamente alvo de contestação agressiva em deslocações que tem feito pelo País (ver caixa em baixo).
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Para já, a única ameaça explícita (na imagem) foi "apanhada" num site de movimentos anarquistas - semelhantes aos que têm estado envolvidos na violência na Grécia - e que envolvia também o Presidente da República (ver texto em baixo).
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Esta ameaça terá sido um dos argumentos que levou o núcleo de análise do risco da PSP a sugerir que o CSP tomasse mais medidas de protecção a Sócrates. O mesmo tipo de avaliação, relacionada com a contestação social, tem estado a ser feita pelo SIS.