O Governo poupou-nos a qualquer inquietação cívica e penal ao aprovar
mais um espetacular perdão fiscal (o segundo em dez anos) que livrou os
evasores e os aldrabões que enganaram o País de ser expostos e julgados
- os que tiverem cometido fraudes -, além de não pagarem juros de mora e
de suportarem no máximo dez euros de multa. Na verdade, só falta mesmo
receberem uma comenda por ajudarem a pátria, já que os 1,2 mil milhões
de euros recuperados vão permitir que o défice fique abaixo dos 5,5% em
2013.
André Macedo, Diário de Notícias
Somos aquilo que sempre hajamos sido. Não mudaremos mesmo com o ladrar dos cães.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
"Manuel Alegre - A Minha Defesa "
HIPÓCRITAS: "FIZERAM A FESTA, CANTARAM A MISSA E DEITARAM OS FOGUETES!"
O "Talentooso"
Mariano Rajoy destaca "talento e trabalho" de Durão Barroso em defesa do projeto europeu
Cuacos de Yuste, Espanha, 16 jan (Lusa) - O presidente do Governo
espanhol destacou hoje o papel do presidente da Comissão Europeia, Durão
Barroso, por conseguir tornar real "a irreversibilidade do projeto
europeu".
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"Durão Barroso contribuiu com o seu compromisso, trabalho e talento para
tornar realidade uma vontade partilhada pela maioria dos espanhóis, eu
incluído: o de tornar real a irreversibilidade do projeto europeu. Já
não há marcha atrás. Só resta caminhar em frente", afirmou.
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Mariano Rajoy foi o responsável pelo laudatório a Durão Barroso, que
hoje se inclui na lista dos galardoados com o Prémio Carlos V, que
reconhece o papel dos que trabalharam em prol da integração e do
fortalecimento do projeto europeu.
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Outorgado pela Fundação Real Academia de Yuste e dotado com 45.000
euros, o prémio recorda o papel de Barroso durante a crise financeira
europeia, por "apostar sempre na União Europeia para enfrentar os
desafios" da atualidade.
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Para Rajoy este prémio constitui "um ato de europeísmo e um convite à
reflexão sobre a Europa e a sua construção" em que, sublinhou, Durão
Barroso "teve um papel de primeira ordem na última década".
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"Não se pode entender nem Espanha nem Portugal de hoje sem a Europa. A
Europa foi um sonho e uma motivação. A encarnação do que para nós
queríamos, de poder participar num projeto comum", disse.
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"Quisemos sair da noite dos tempos e fazer a transição para a
democracia. A Europa foi o farol que guiou a nossa navegação e nos
conduziu ao porto onde queríamos chegar", disse.
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Para o chefe do Governo espanhol, os momentos recentes demonstram o
"papel insubstituível da Comissão Europeia" e também o protagonismo dos
líderes recentes de Portugal e Espanha.
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"Protagonismo de uma geração de homens portugueses e espanhóis na
condução e navegação da Europa, que personificaram o regresso a Europa e
o desejo de ficar para sempre, implicando-se perfeitamente na aventura
de trabalhar pela convivência e bem-estar de todos os habitantes do
nosso continente", disse.
"JULGAMENTO FINAL DOS ACTOS OU A VÃ GLÓRIA"
Soares almoçava, o Eusébio comia...!
Afinal a esquerda é preconceituosa e altiva
por Maria Teixeira
Alves, em 05.01.14
O mais interessante das
declarações espontâneas de Mário Soares sobre Eusébio, a propósito da sua
morte, é a revelação de uma coisa que há muito eu sei, mas que todos parecem
ignorar: a esquerda também pode ser preconceituosa e soberba. A esquerda tem
uma Maria Antonieta, mas ninguém parece reparar.
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Mário Soares começa por dizer de Eusébio, "que era um homem agradável com
pouca cultura, mas evidentemente que não se estava à espera que ele fosse um
pensador, o que se queria é que ele fosse um grande futebolista e ele
foi".
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Depois de alguns elogios à sua modéstia e simplicidade, como compete
a este tipo de pensamento, Mário Soares lembra que lhe falava quando se
encontravam: "Fui algumas vezes almoçar naqueles restaurantes onde ele
comia" [reparem bem na terminologia usada].
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Depois acaba a dizer uma coisa pouco conveniente (isto é da idade): "Não
sabia nada que ele estava doente, sabia que bebia muito whisky, todos os dias,
de manhã à tarde, mas julguei que isso não lhe fizesse assim mal".
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Traduzindo, para Mário Soares, Eusébio era um bruto ignorante que sabia jogar
bem à bola. Era um simples e modesto como compete aos inferiores de classe, e
até comia (não almoçava, nem jantava, dadas as maneiras típicas daquela classe)
nuns lugares onde ele Mário Soares almoçava e jantava.
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Agora não passava de um
bêbado. E Mário Soares achava que gente daquela estirpe tinha uma resistência
fisica de um toiro e como tal, whisky de manhã à noite todos os dias não
haveria de lhe fazer assim mal.
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Tenho ainda a destacar a ausência da reprodução destas declarações nas
televisões, e nos sites. Fosse alguém de direita a proferir estas declarações e
incendiavam-se a internet e os media, com imagens e comentários de indignação.
Todos, de Isabel Jonet a Fernando Ulrich, foram corridos ao estigma Maria
Antonieta, mas Mário Soares está imune.
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Viva a democracia, onde cada um pode dizer o que quer porque é livre (ou
libertino). Mas há uns que são mais livres que outros!
Soares, o único imortal
Soares, o único imortal
por Fernando Tavares
É
perfeitamente natural que Mário Soares tenha necessidade de referir a baixa
instrução de Eusébio no dia da sua morte
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Eusébio foi um ídolo acarinhado pelos portugueses durante o
Estado Novo. Mário Soares também é um figura do Estado Novo, criado e
engrandecido precisamente pela oposição ao regime.
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Sem Estado Novo não haveria Mário Soares. No panteão da “luta
anti-fascista” de Soares, só há lugar para ele próprio. Depreciar culturalmente
pessoas que originavam alegria antes do 25 de Abril é apenas a forma que Soares
tem para perpetuar o mito de que antes dele o país era só o degredo.
Pelos vistos foi ainda
pior do que “baixa cultura”, Soares garante que Eusébio “bebia muito whisky”.
por
vitorcunha
Adenda:
Um epitáfio quando se escrever sobre Mário Soares, não poderá deixar de ser
recordado; Ver o
anexo!